Escola S-2/3 de Águas Santas

Livro do Mês

 Novembro

 

Autor: Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada
Título: Uma Aventura na Quinta das Lágrimas
Editora: Caminho

 

Esta empolgante aventura desenrola-se na Quinta das Lágrimas. A quinta existe na realidade e fica em Coimbra, perto do Rio Mondego. Tem um jardim misterioso e uma fonte muito especial porque nas pedras do fundo há uma mancha vermelha que nada nem ninguém conseguiu apagar. É a marca de um crime antigo e terrível. Quem sabe deste caso não resiste a ir até lá dar uma espreitadela. Foi o que aconteceu às gémeas, ao Pedro, ao Chico e ao João. Tinham participado num encontro desportivo organizado na zona. À despedida reuniram-se com as outras equipas conversando e petiscando à roda da fogueira, ouviram um dos monitores contar a história da mancha vermelha, e resolveram que logo no dia seguinte iriam à quinta ver a tal fonte levando os companheiros Faial e Caracol. Pensavam que seria apenas um passeio divertido mas assim que transpuseram os portões sentiram uma impressão estranha. E mal se debruçaram sobre as águas, começaram os acontecimentos extraordinários. Pouco depois envolviam-se na mais inesperada das aventuras.

Recursos:

 

Outubro

A LUA DE JOANA, de MARIA TERESA MAIA GONZALEZ

 
  
 
Ao lermos a A Lua de Joana não podemos deixar de pensar na forma como, muitas vezes, relegamos para segundo plano aquilo que é realmente importante na vida. Porque este livro nos alerta para a importância de estarmos atentos a nós e ao outro, e de sermos capazes de, em conjunto, percorrer um caminho que conduza a uma vida plena.

Pe. Vitor Feytor Pinto
 

Este livro pode ser considerado uma espécie de diário (apesar de não o ser) porque Joana escreve cartas para uma amiga que já morreu. Conta-lhe todos os acontecimentos do seu dia-a-dia. É interessante ver o desenrolar da vida desta personagem, como ela se transforma ao longo dos dias e dos anos.Apesar de tudo, este livro mostra-nos a realidade dos dias de hoje: o grande flagelo que a droga é para todos - para a família, para os amigos e para a própria pessoa que comete esse erro. Joana é também uma excelente aluna, reconhecida por todos e acarinhada pelos professores e amigos, mas a sua melhor amiga já não faz parte da escola, já não faz parte, da turma, nem partilha a sua mesa nas salas de aula.
No decorrer desta história Joana tenta agir com normalidade apoiando-se sempre na sua avó, sendo esta a sua única conselheira. Este livro age também como alerta aos pais desatentos. Os pais de Joana sentiam nela uma pessoa adulta responsável, logo pensavam que não tinham que se preocupar com ela. Também não eram propriamente presentes, o seu pai é um médico prestigiado, passa a vida fora em reuniões, visitas ao domicilio e raramente está presente , já a sua mãe é dona de um pronto-a-vestir, preocupadíssima com o seu outro filho, irmão de Joana, cuja relação era um tanto ou quanto critica.

Uma história bem real.

 

Pode considerar-se Miguel Torga pioneiro e representante por antonomásia da escrita diarística portuguesa, por ser, juntamente com Virgílio Ferreira, com Conta Corrente, dos que lhe conferiram maior significância. O Diário torguiano, que o autor publicou ininterruptamente entre 1941 e 1993, retratam o pulsar do autor sobre o homem, o mundo e a vida entre 3 de Janeiro de 1932 e 10 de Dezembro de 1993. Este não é o retrato fiel dos acontecimentos e da vida do homem Adolfo Rocha, mas os estremecimentos e reflexões do autor sobre as circunstâncias e conjunturas da vida, como o revela no seu último Diário: “E chega ao fim, com este volume, um livro que comecei a escrever um pouco estouvadamente há sessenta anos, e acabo agora com mais assento. Como é sabido, ninguém conhece o dia de amanhã, e, pelo que me diz respeito, fui um mártir dessa incerteza. E iniciei o presente tomo quase seguro de que o não terminaria. O resultado está à vista: um estendal de dúvidas e gemidos. Mesmo assim, talvez valha a pena que se junte aos outros, como seu natural remate. Mais do que páginas de meditação, são gritos de alma irreprimíveis dum mortal que torceu mas não quebrou, que, sem poder, pôde até à exaustão. E se despede dos seus semelhantes sem azedume e sem ressentimentos na paz de ter procurado vê-los e compreendê-los na exacta medida. E que confia no juízo da posteridade, que certamente lhe vai relevar os muitos defeitos e ter em conta as poucas mas sofridas virtudes (Diário, Coimbra, 9 de Dezembro de 1993).

 Para quem for à cata da verdadeira fisionomia cultural, humana, filosófica, religiosa e intelectual ou política do seu autor, este elucida-o e adverte-o: “Este diário (…) não é uma crónica dos meus dias, mas a parábola deles” (Diário, Coimbra, 3 de Agosto de 1970).

 
A sua grafia encerra um tríptico que se evidencia: o seu desespero, um desespero humanista, a sua problemática religiosa e a obsessão telúrica.

 

Recursos:

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